segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ciclos de formação: Uma proposta transformadora / Reinterpretando os ciclos de aprendizagem

Em sala de aula tivemos uma atividade muito interessante sobre esses dois textos, o primeiro da Andréa Krug e o outro do Jefferson Mainardes. Nos dividimos em grupo e fizemos uma análise dos dois textos, onde o professor propôs passarmos as informações para o papel concluindo a atividade com uma apresentação dos dois grupos, segue abaixo o trabalho de um dos grupos:




Bom, os ciclos de formação como já foi dito, trata-se de uma nova visão da escola do ensino fundamental, visto que ela possui um olhar da aprendizagem, com ênfase na cidadania.

Professor - Pesquisador

O trabalho é feito em grupo tanto dos estudantes, agrupados pelas suas fases de formação, quanto dos docentes que compartilham a aprendizagem. O teor escolar é organizado através de pesquisa sócio-antropológica realizada na comunidade, relacionando questões e problemas vivenciados pela comunidade e a partir desta pesquisa é que são realizados os trabalhos na escola. É o professor- pesquisador. A relação de aprendizagem é construída com toda a escola e em relação dialética

“Não há ensino sem pesquisa , nem pesquisa sem ensino...”
Paulo Freire.

Planejamento

O planejamento é feito a partir da gama de atividades que possam surgir envolvendo os conhecimentos sistematizados com a realidade dos alunos e a partir das descobertas e interesses construídos por eles.

Formas de progressão:

Ao final de cada ano ciclo, existem três formas de progressão:

Progressão simples que é o avanço para o ano seguinte para o aluno que não aprsentou dificuldade durante o ano letivo;

Progressão com plano didático de apoio que inclui algumas atividades extras para alunos que tiveram dificuldade específicas;

Progressão com avaliação especializada que inclui atendimentos especializados, inclusive fora da escola, com o intuito de trabalhar as dificuldade de ensino-aprendizagem dos alunos.

Isso, sempre com muita discussão entre todos e uma constante avaliação da escola em relação ao seu trabalho e dos resultados alcançados.

Tradição X Inovação / Escola em ciclos X escola seriada

Na escola em ciclos a avaliação é apenas um dos instrumentos de avaliação, pois não define o conhecimento do aluno apenas através de uma prova. A preocupação é com a aprendizagem. O conhecimento formal deve ser articulado a partir dos saberes informais da criança.

A formação das turmas se dá por idade e não pelo conhecimento adquirido, respeitando a idade e o desenvolvimento da criança de acordo com seu nível indutivo é outra concepção da escola ciclada.

O acompanhamento do aluno ao longo dos primeiros ciclos é primordial para o sucesso desse sistema.

Ciclo não é exclusão , não é trabalho fragmentado, é como o nome já diz, um ciclo, onde todos devem trabalhar em conjunto em prol de um resultado que é a promoção do sucesso da criança.

Deus

Sem Reprovação no fim do ano


 Secretaria de Educação decide dar prova de segunda chance em 2010


Novas regras para reprovação:

A Secretária Municipal de Educação, Claudia Costin, anunciou uma medida que vai retardar a reprovação dos alunos no Rio. De acordo com a secretária, o estudante que tiver conceito global (média de todas as disciplinas) insuficiente (I) receberá uma segunda chance no ano seguinte. O aluno só será reprovado se for mal em uma nova prova que será aplicada em março de 2010. A mudança acontece no ano em que o prefeito Eduardo Paes acabou com a aprovação automática.

A decisão para a reprovação de alunos do 2° ao 9° anos será tomada no último conselho de classe do ano, que acontecerá no próximo dia 16. Os estudantes que tiverem conceito global I ou R (regular) — no caso em que houver dúvida dos professores sobre a aprovação — receberão um dever de casa de férias nas matérias em que tiverem dificuldades.

Dever nas férias

Na primeira semana de aula, o estudante começará o ano letivo na série seguinte e deverá entregar as lições prontas. Após um período inicial de revisão, de 30 dias, para toda a rede, o aluno fará uma nova prova das matérias em que ficou com nota baixa. Somente, então, a criança será reprovada ou aprovada.

— Esse dever de férias é uma segunda chance de aprendizagem, que culmina com uma prova, como uma segunda época. Nós queremos que cada criança aprenda e cresça. Não queremos substituir a aprovação automática pela reprovação automática — afirmou Claudia Costin.

Polêmica de volta

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) prevê o retorno da política de aprovação automática do ex-prefeito Cesar Maia.

 — Sabíamos que iriam limitar a reprovação. Na prática, criam dificuldades para qualquer tipo de retenção. Será uma reprovação informal e disfarçada. Pelo menos, o Cesar (Maia) assumia a aprovação automática — disse Sérgio Aurnhiner, do Sepe.

Matéria retirada do jornal  EXTRA


Esta matéria nos mostra mais uma vez como um novo sistema criado para melhorar a forma de ensino, se mal usado ou mal interpretado, pode prejudicar ainda mais o processo.





O quadro de estatísticas acima (retirado do jornal o extra) nos mostra que na avaliação média dos alunos do 4º, 7º e 8º anos não tiveram uma boa evolução, a média geral dos alunos apresentaram uma média abaixo de 50, que era o minímo desejado, as notas de português declinaram a partir do 6º ano e as notas de matemática são as mais baixas. As estatísticas são preocupantes.

Esbarramos mais uma vez com o sistema de avaliação.
A proposta, em minha opinião, é muito válida. Uma nova oportunidade para o aluno é importante para o seu processo de aprendizagem e estímulo. Porém, essa avaliação deve ser bem elaborada e muito bem acompanhada, deve ser somatória e não uma identificação de fracasso.

O fracasso escolar é hoje um grande problema para o sistema educacional. Não existe um só culpado, existem vários fatores que contribuem para essa situação, muitos projetos existem em torno desse tema. Fato é, que todas as tentativas de superar as deficiências do sistema escolar devem ser feitas de modo a garantir sempre a integridade do aluno e o seu aprendizado, o acompanhamento, como já foi dito, é fundamental para que o programa dê certo.

Pensar a escola, implica em reavaliar e reinventar as sua ações. Estamos no caminho certo, porém precisando de alguns ajustes e envolvimento de todos nesse processo.

Deus