segunda-feira, 14 de dezembro de 2009



Quando a escola é de vidro

Esse texto da nossa queridíssima Ruth Rocha, retrata uma situação que encontramos ainda hoje em muitas escolas, em minha opinião trata-se de uma escola totalmente tradicional que utiliza-se de métodos adotados há muito tempo atrás, impondo regras e metódos para ensinar e avaliar.
Acredito que o princípio norteador da vida é a inovação ou o acompanhamento da inovação. As crianças de 15 anos atrás não eram como as crianças de hoje. Mudanças acontecem com todos a todo o instante e a escola deve acompanhar essas mudanças e inovar.
 O texto cita ainda o fato dos alunos serem moldados, prejudicando o desenvolvimento da criança, a liberdade de exprimirem seus desejos, suas curiosidades e seus pensamentos.  Esse modelo de educação, que infelizmente ainda existe entre nós, está com os dias contados e cada vez as crianças e adolescentes estão sendo vistos como sujeitos, com seus direitos e deveres sim, mas sobre-tudo com vontades, criatividade, tranformações e pensamentos críticos.
A torcida, é que no futuro, alunos, professores e escola tranformem-se juntos, aprendendo e ensinando mutuamente com liberdade.
Entrevista sobre o sistema ciclado de ensino


Segue abaixo uma breve entrevista feita em uma Escola Estadual em Duque de Caxias com a Pedagoga Eva da Silva sobre o impacto do sistema ciclado nas escolas.

*Na sua opinião qual é a maior diferença entre um sistema de escola seriada e o sistema de ciclado?
Eva: A escola ciclada está organizada em grupos de três anos para dar conta de um currículo. E a principal diferença do sistema de seriação e o de ciclos é a continuidade de conteúdos de um ano para outro.

* Quais critérios devem ser adotados para um bom desempenho do aluno numa escola com a organização em ciclos?
Eva: Que a estrutura escolar proporcione as mais variadas metodologias de ensinos para conseguir despertar no aluno o desejo de busca pelo aprendizado.

*Como é feito o planejamento e a metodologia de ensino no sistema ciclado?
Eva: Trabalho em duas escolas, cada uma delas planeja da melhor maneira possível a recuperação paralela só que ainda falta organização e apoio do governo para que possamos atingir as metas e os objetivos do sistema.

* Quais os critérios usados para definir as turmas, é feito por idade? Como acabar com a defasagem de idade/série?
Eva: o aluno deveria ingressar no ano apropriado a sua idade, porém é muito importante que haja acompanhamento desses alunos em outro horário, para auxiliar no processo de adaptação.

*E como definir as competências, incumbências e o perfil ideal do professor?
Eva: O educador deve ser dinâmico, criativo com muita vontade de ensinar e aprender, mas não deve ser sobrecarregado por isso.

* Qual a sua opinião sobre a organização do currículo escolar e sobre a proposta em ciclos?
Eva: A má organização curricular, a estrutura fechada da escola, a falta de conhecimento da sociedade em relação ao funcionamento da proposta em ciclos e a falta de apoio do governo prejudicam muito. O pior são os responsáveis que não entendem o sistema de ciclo e pensam que uma escola de qualidade deve ser seriada, somente porque reprova.

          Diante dessa entrevista concluo que as escolas ainda não estão preparadas para receber o sistema de escola ciclado, a pedagoga em qustão cita por várias vezes a falta de interesse do governo, que deveria ser o maior interessado no assunto. A implnatação dos ciclos tem comoum do seus objetivos diminuir a evasão escolar e a repetência, mas para que isso aconteça todos devem participar desse processo, governo, escola, entorno, aluno, professor e família, O projeto sem acompanhamento (fator essencial) deixa de cumprir seus propósitos. A Avaliação faz parte de um processo que esteja a serviço do aluno, as visões de avaliação devem ser cumpridas. Enquanto isso não ocorrer, iremos sempre nos deparar com professores insatisfeitos e estressados com as cobranças, e o pior sem esperança. O professor deve ocupar o papel de mediador e fomentar idéias, porém deve-se ter o apoio do governo em relação a estruturas, capacitações e motivação e o professor deve fazer a sua parte em trabalhar da melhor forma possível (mesmo sema estrutura adequada) motivando os alunos e repensando as ações da escola.

Deus

sábado, 5 de dezembro de 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Escolaridade em Ciclos: Desafios para a escola do século XXI



ESCOLARIDADE EM CICLOS:
Desafios para a escola do século XXI
Um texto de Cláudia Fernandez

Cláudia Fernandez, neste livro, fala do processo histórico da educação e da necessidade de inovação da escola. Disserta ainda sobre as motivações das escolas em ciclos, da época da sua implantação e os seus resultados. Pois entende que deve haver um acompanhamento frequente para que se avance rumo a solução diante do fracasso escolar e outros males da educação.


Seguem abaixo alguns trechos importantes do texto:

1. “As discussões travadas no final da década de 70 e no início dos anos 80 marcaram pontualmente que o sistema público de ensino excluía da escola os alunos das classes menos favorecidas tanto social quanto economicamente da população.“ (Fernandez, p.26)
Fernandez relata nesse trecho os frutos da construção histórica da sociedade. Em 1983 em São Paulo, instituiu-se o Ciclo básico de alfabetização para todas as escolas com o objetivo de gradualmente reorganizar o ensino fundamental da escola pública, alterando o sistema de seriação com uma proposta motivadora com um dos intuitos de fomentar a socialização.

2. “Embora essas diferentes experiências e propostas tivessem suas peculiaridades, tinham em comum partir da premissa de que era necessário no ensino fundamental um sistema de avaliação que não excluísse o aluno da escola, tentando amenizar ou até resolver o problema da evasão e da repetência e, desta forma, contribuir para a melhoria da qualidade do ensino público. “(Fernandez, p.27)
O objetivo da escola em ciclos é tornar o processo de ensino-aprendizagem contínuo e sem retrocessos. Tendo uma especial preocupação com o fracasso escolar que é entendido por diferentes pontos de vistas educacionais e políticos, buscando a igualdade e não reforçando as diferenças de classes sociais.

3. “No entanto, há outra vertente que entende o fracasso escolar como uma forma de resistência, como uma maneira de os estudantes pertencentes aos grupos marginalizados afirmarem sua diferença e sua identidade.” (Fernandez, p.31)
Estudos culturais observaram que crianças oriundas de grupos sociais e culturais marginalizados têm um rendimento inferior ao das crianças de grupos culturalmente dominantes.

4. Os ciclos de aprendizagem têm as mesmas características dos ciclos de estudos, com a diferença posta em relação ao sistema de promoção. Em um ciclo de aprendizagem, “proíbe-se a repetência no interior do ciclo, exceto em seu último ano” Perrenoud (202b, p.37) (Fernandez, p.41)
Para Perrenoud a “proibição parcial da repetência aumenta a fluidez das progressões”, no entanto ressalta que “se nada mais for feito, os desvios entre os alunos aumentarão, embora não sejam sancionados por um atraso escolar”. (Ibid., p.37)

5. “Entendemos então que conhecer melhor a organização da escolaridade tal qual a conhecemos, ou seja, compreender como se deu a formação / organização da escola atual, é importante para observarmos as possíveis alterações provocadas pela implementação dos ciclos.” (Fernandez, p.49)
A compreensão das transformações ocorridas a partir de um novo sistema comparando com o sistema anterior é essencial para a avaliação. Deve-se levar em consideração a cultura escolar de cada região e as alterações ocorridas para que o novo sistema não venha causar alterações superficiais e não cumpram o objetivo de modificação e transformação contribuindo para a inovação do sistema de ensino.

Mude



* Texto atribuido a Clarice Lispector. * Texto escrito por Edson Marques, cujo livro (contendo o poema) foi lançado pela Editora Original Pandabooks, com prefácio de Antonio Abujamra.

http://www.youtube.com/watch?v=XvK0UM8iii0

sábado, 31 de outubro de 2009

Ensino fundamental em 9 anos

De acordo com a lei de número 11.274, aprovada em fevereiro de 2006, o Ensino Fundamental brasileiro passa a ter nove anos. Dessa forma, amplia-se a duração do ensino fundamental de oito para nove anos. As crianças, ao invés de entrar com 7 anos de idade, entram com 6. Outra lei, 11.114, de 2005, que alterava a LDB (Lei nº 9.394, de 96), já aceitava a matrícula de alunos com seis anos de idade no ensino fundamental. Os Estados e municípios terão até 2010 para se adaptarem à nova lei.


Com o intuito de incluir as crianças de seis anos no sistema educacional. Essa inclusão, é uma medida contextualizada nas políticas educacionais focalizadas no Ensino Fundamental.

Como eu disse anteriormente cursei o ensino fundamental em uma escola particular, portanto já estava inserida nesse sistema. Porém, esta mudança, ao meu ver, é absolutamente positiva para o ensino em escolas públicas, visto que o objetivo é assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar e uma aprendizagem mais ampla, mas é claro respeitando a faixa etária, o desenvolvimento cognitivo, social e psicológico de cada aluno.

Perigos da mudança:

* Confundir 1º ano com a antiga 1º série;

* Mudar o nome e não mudar a proposta e adequa-la;

* Esquecer que esse novo aluno do 1º ano, é uma criança, e que o aprendizado dela deve ser baseada no lúdico, com brincadeiras

* Nortear o interesse dessa criança em relação a escola e o aprendizado;

* Não respeitar o desenvolvimento psicológico da criança, ingressando-a na escola precocemente;

* Os pais deixarem de educar essa crianças, achando que é tarefa somento do professor (Aliás, isso vale para todas as idades).

Pontos positivos:

* Processo de ensino-aprendizagem contínuo;

* Mais tempo de escolaridade aos estudantes brasileiros;

* Conteúdos aplicados de forma mais lúdica, valorizando as características de cada criança;

* Tentativa de resolução do problema da evasão escolar e da repetência;

* Melhoria da qualidade do ensino público;

* Entre outros.

Como já foi dito antes, a fase pré-escolar é de fundamental importância para a criança, que está no auge do seu desenvolvimento e descobertas, a família e o professor das série iniciais tem uma grande responsabilidade para com esse aluno.

sábado, 10 de outubro de 2009

Memorial



Bom, essa sou eu, com 6 anos de idade, com a minha primeira professora, a Tia Cleide. Estava na pré-escola. Estudei em um colégio particular chamado Centro Educacional Pedro de Souza. Importante..essa foi a minha formatura e estou com uma medalha de 1º lugar ... eu era uma ótima aluna..rsrsrssr.

Por isso, aproveitando a lembrança da minha pré-escola, quero agradecer ( além da minha mãe, minha grande incentivadora) a "Tia" Cleide pela excelente professora que foi, e com certeza continua sendo, pela dedicação, incentivo e compromisso com a educação.



22 anos depois e ela não mudou nada

No restante do primário tive muito incentivo por parte dos meus professores. Continuei sendo uma boa aluna, no final da quarta série minha ansiedade aumentou, pois não via a hora de chegar à quinta série... Iria deixar de ser criança, minha mãe não me levaria mais à escola, iria sozinha... Ahhhh ir sozinha para a escola... Agora eu ia ser do ginásio, participar das gincanas, do time de vôlei, da banda da escola... Era um sonho! Porém, ao chegar à quinta série vi que não era bem assim, a passagem do primário para o ginásio foi um choque, devido à quantidade de matérias, que eram muitas, o tratamento dos professores também era bem diferente, o horário também mudou, passei a estudar de tarde, os trabalhos aumentaram e a responsabilidade também. Tive alguns professores que não eram bons, não ensinavam direito, porém a coordenação da escola era bastante ativa e estava sempre muito atenta, logo tomava providências... Elizama era nome da coordenadora do ginásio, que inclusive é coordenadora da escola até hoje, muito rígida, na época causava medo, mas reconheço o quanto é profissional e preocupada com o bom andamento da escola, mas acima de tudo com o aprendizado e desenvolvimento dos alunos.


Não posso falar do ginásio e não falar do professor de português, Marcos, excelente professor, dedicado, tem compromisso com a educação e parece amar o que faz, além de me fazer gostar muito de português, me fez apreciar boa música, na sétima série propôs uma atividade totalmente diferente para nós, colocou no quadro o nome de algumas pessoas (cantores) alguns já havia ouvido falar, outros não. Eram eles Caetano Veloso, Roberto Carlos, Ivan Lins, Gilberto Gil... Tinha que ser MPB, dentre esses cantores deveríamos escolher uma canção, formar duplas ou grupos e marcou um dia para nos apresentarmos cantando a canção escolhida. Essa atividade mobilizou toda a sala, como na época não tínhamos acesso à internet, eu e duas amigas apelamos para os nossos pais e vizinhos, ouvimos muitas músicas até escolhermos a que gostaríamos de cantar, uma vizinha me emprestou uma fita cassete com um especial do Roberto Carlos, a outra uma fita com o cd com várias músicas de MPB e finalmente escolhemos nossa canção, Maracangalha do Dorival Caymmi, ensaiamos vários dias, reformulamos o arranjo da música e nos apresentamos, foi tão bom que acabamos cantando mais de uma música. Foi um período maravilhoso apesar de a escola ser seriada ela se organizava como uma escola ciclada, pois se preocupava com a formação dos educadores, criava situações coletivas, propostas que uniam toda a escola e todas as matérias entre outras coisas, porém ela retia o aluno que não se “desenvolvia bem”, e a média era sete. Era e ainda é o melhor colégio do bairro, mas também o mais exigente em termos de nota.




No ensino médio estudei no colégio FLAMA, fiz o segundo grau em dois anos, técnico em processamento de dados, escolhi um curso profissionalizante para me preparar para o mercado de trabalho, realmente me ajudou, porém, hoje, vejo que poderia ter feito um curso de informática, Word, Excel e outros e ter aproveitado o segundo grau para me preparar para o vestibular, pois foram dois anos sem matérias como geografia, biologia, redação e outras matérias importantes para o vestibular.




Tinha o sonho de fazer odontologia, na época a segunda mais concorrida, perdendo apenas para medicina. Estudei abeça no último ano do ensino médio e no ano posterior quando fiz um cursinho pré-vestibular intensivo, mas não tive sucesso, tinha pontuação suficiente para passar para outros cursos menos concorridos, mas achei que se estudasse mais um pouco no ano seguinte conseguiria passar, mas comecei a trabalhar e tive cada vez menos tempo de estudar, acabei entrando para uma faculdade particular no curso de Administração de Empresas, não me adaptei, fiz dois semestres e meio empurrando com a barriga, não era o que eu queria, resolvi trancar a matrícula.

Fiquei alguns anos sem estudar, depois decidi prestar vestibular para jornalismo na UNISUAM, passei e ingressei na faculdade, amei o curso, as aulas eram fantásticas, aprendi muito, porém o dinheiro era a conta de pagar a faculdade, a distância era longa (Bonsucesso) o caminho era perigoso, as aulas acabavam 22h40m e eu era a única que morava em Duque de Caxias, chegava em casa todos os dias meia noite e tinha que acordar cedo no dia seguinte para trabalhar, foram dias cansativos demais. Resolvi trancar a matrícula mais uma vez.

Fiquei mais alguns anos sem estudar, tentando somente concurso público, decidi voltar a estudar, mas dessa vez em uma faculdade pública, sem passar apertos para pagar a faculdade. Conheci o CEDERJ um pré-vestibular comunitário e me matriculei. Como o curso funciona durante todo o sábado, perdi muitas aulas devido ao trabalho, mas estudava em casa e tirava as minhas dúvidas quando podia. Prestei vestibular para a UFRJ e para a UERJ, após passar para a segunda fase, tive que optar por um curso e para minha surpresa descubri um pólo da UERJ em Duque de Caxias, que na verdade já existia há muito tempo, mas eu não sabia, era perfeito por ser bem mais próximo da minha casa, a passagem seria mais barato, chegaria mais cedo em casa, menos perigoso do que o caminho que teria que fazer para chegar a UERJ do Maracanã, enfim, fiquei encantada e escolhi Pedagogia por ser ligado à educação, a pessoas, gosto de lidar com pessoas, além de ser uma área que vem se expandido e se destacando cada vez mais.

Chegando à faculdade, apesar de já ter iniciado duas outras faculdades, me deparei com outro universo de conhecimento, mais livre e exigente em relação as minhas opiniões e pensamentos a respeito de assuntos diversos, não só sobre educação. Encontrei professores que também são amigos e colegas de classe que em pouco tempo me cativaram e que apesar das discussões quando fazemos trabalhos em grupo rsrsrs, estão se tornando cada vez mais verdadeiros amigos que espero ter para o resto de minha vida.




É esse o meu memorial!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Começando...

Contando a história da criação do blog.

Este blog foi criado inicialmente para atender uma solicitação do meu professor de EEPP II, Ivan Amaro. Ao decorrer da criação percebi que esse blog será um grande instrumento para a exposição de idéias, debates e muita troca. Sejam Bem vindos ao Universo da Pedagogia!!