Secretaria de Educação decide dar prova de segunda chance em 2010
Novas regras para reprovação:
A Secretária Municipal de Educação, Claudia Costin, anunciou uma medida que vai retardar a reprovação dos alunos no Rio. De acordo com a secretária, o estudante que tiver conceito global (média de todas as disciplinas) insuficiente (I) receberá uma segunda chance no ano seguinte. O aluno só será reprovado se for mal em uma nova prova que será aplicada em março de 2010. A mudança acontece no ano em que o prefeito Eduardo Paes acabou com a aprovação automática.
A decisão para a reprovação de alunos do 2° ao 9° anos será tomada no último conselho de classe do ano, que acontecerá no próximo dia 16. Os estudantes que tiverem conceito global I ou R (regular) — no caso em que houver dúvida dos professores sobre a aprovação — receberão um dever de casa de férias nas matérias em que tiverem dificuldades.
Dever nas férias
Na primeira semana de aula, o estudante começará o ano letivo na série seguinte e deverá entregar as lições prontas. Após um período inicial de revisão, de 30 dias, para toda a rede, o aluno fará uma nova prova das matérias em que ficou com nota baixa. Somente, então, a criança será reprovada ou aprovada.
— Esse dever de férias é uma segunda chance de aprendizagem, que culmina com uma prova, como uma segunda época. Nós queremos que cada criança aprenda e cresça. Não queremos substituir a aprovação automática pela reprovação automática — afirmou Claudia Costin.
Polêmica de volta
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) prevê o retorno da política de aprovação automática do ex-prefeito Cesar Maia.
— Sabíamos que iriam limitar a reprovação. Na prática, criam dificuldades para qualquer tipo de retenção. Será uma reprovação informal e disfarçada. Pelo menos, o Cesar (Maia) assumia a aprovação automática — disse Sérgio Aurnhiner, do Sepe.
Matéria retirada do jornal EXTRA
Esta matéria nos mostra mais uma vez como um novo sistema criado para melhorar a forma de ensino, se mal usado ou mal interpretado, pode prejudicar ainda mais o processo.
O quadro de estatísticas acima (retirado do jornal o extra) nos mostra que na avaliação média dos alunos do 4º, 7º e 8º anos não tiveram uma boa evolução, a média geral dos alunos apresentaram uma média abaixo de 50, que era o minímo desejado, as notas de português declinaram a partir do 6º ano e as notas de matemática são as mais baixas. As estatísticas são preocupantes.
Esbarramos mais uma vez com o sistema de avaliação.
A proposta, em minha opinião, é muito válida. Uma nova oportunidade para o aluno é importante para o seu processo de aprendizagem e estímulo. Porém, essa avaliação deve ser bem elaborada e muito bem acompanhada, deve ser somatória e não uma identificação de fracasso.
O fracasso escolar é hoje um grande problema para o sistema educacional. Não existe um só culpado, existem vários fatores que contribuem para essa situação, muitos projetos existem em torno desse tema. Fato é, que todas as tentativas de superar as deficiências do sistema escolar devem ser feitas de modo a garantir sempre a integridade do aluno e o seu aprendizado, o acompanhamento, como já foi dito, é fundamental para que o programa dê certo.
Pensar a escola, implica em reavaliar e reinventar as sua ações. Estamos no caminho certo, porém precisando de alguns ajustes e envolvimento de todos nesse processo.
Edna, considero que sua reflexão é bastante pertinente. Entretanto, alguns aspectos poderiam ser problematizados a partir da reportagem:
ResponderExcluir* Como seria o trabalho pedagógico com estes alunos?
* Apenas encaminhar deveres para casa seria o suficiente para que eles fossem resgatados em suas aprendizagens?
A partir daí, outros pensamentos poderiam ser enriquecidos...
Att.
Ivan